O Coletivo Todas as Cores surgiu em 2010. A proposta era clara: sair do preto e branco, das disputas entre Partido A e Partido B; recolorir, renovar, reencantar o movimento estudantil. Fazer do Diretório Central de Estudantes – DCE/UFPEL – uma entidade democrática, horizontal, combativa, autônoma a governos e reitorias.
Mostramos que isso é possível.
Cada vez mais cores e mais vozes se somam à luta por uma universidade pública, gratuita, de qualidade e democrática. Fazem isso não por cargos, bolsas ou interesses pessoais. Pelo contrário: percebem na fila e no preço do R.U., nas salas superlotadas, na falta de professores, funcionários, laboratórios, bolsas de pesquisa e extensão, acesso a esporte, cultura e demais direitos estudantis a necessidade de agir coletivamente, tomando vez e voz na UFPEL.
Um DCE de TODAS AS CORES quer ser exemplo do que esperamos desta Universidade. Foge, portanto, de decisões em gabinetes, pois vê nos estudantes, nas ruas e na situação da educação os fundamentos de sua atuação. Não apenas percebemos os problemas e agimos para solucioná-los. Percebemos, debatemos, e agimos coletivamente para solucioná-los com consciência da precarização e mercantilização da educação no país e da história de autoritarismo na UFPEL.
Queremos um DCE e uma UFPEL acessível a tod@s, independentemente de sexo, raça ou expressão sexual. Um DCE que leve em consideração as lutas históricas da educação brasileira, defendendo a bandeira dos 10% do PIB para a educação pública já!, que não abra mão da democracia direta, de assembléias, Conselhos de D.A.s e C.A.s, da parceria com as associações de funcionários e de professores (ASUFPEL e ADUFPEL), buscando que as decisões da comunidade universitária da UFPEL sejam tomadas pela comunidade universitária da UFPEL.
Com esses princípios, o ano de 2011 foi repleto de vitórias. As diversas reivindicações e conquistas, que ficaram claras após a ocupação da Reitoria no início do ano, demonstram como a atual gestão do DCE é combativa e atuante, enquanto entidade que representa os estudantes desta universidade.
Porém sabemos que a peleia está longe de terminar, pois enquanto não construirmos uma universidade democrática, que integre a comunidade e forme um cidadão consciente do seu papel na sociedade e não apenas um profissional voltado às necessidades do mercado de trabalho, este coletivo de estudantes não estará satisfeito.
Por isso constituímos o FÓRUM PELA DEMOCRACIA E CONTRA A PRECARIZAÇÃO. Por isso não abriremos mão de eleições diretas e reivindicamos voto na comunidade nas eleições para a Reitoria. Por isso, enfim, convidamos a tod@s @s colegas a construírem conosco uma UNIVERSIDADE POPULAR, porque se muito vale o já feito, MAIS VALE O QUE SERÁ!
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