Coração bobo, coração bola,
Coração balão, coração São João,
A gente se ilude dizendo ‘já não há mais
coração’
(Alceu Valença)
Não queremos mais um DCE em preto-e-branco. Estamos todos esgotados de disputas de ego, de partidos políticos, de heróis e de vilões. O que nos diferencia não é, simplesmente, o grupo que se apresenta. O que nos diferencia, na verdade, é a forma estritamente democrática com que pretendemos trabalhar. Essa proposta e esse compromisso, desde já, queremos te convidar a construir conosco.
Se é verdade que a atual gestão do Diretório Central de Estudantes realizou alguns bons projetos, também é bom que se diga que ela manteve o mesmo vício que tem afastado muitos do movimento estudantil há alguns anos: apresentou pautas prontas aos estudantes, não se esforçou para que mais vozes se juntassem às suas, representou-nos em diversos espaços (Conseho Universitário, CONEG da UNE, Reitoria, entre outros) sem perguntar-nos nossa opinião sobre o que diziam. E, ao invés de prestar contas ou satisfações, reclamou quando tal lhe foi solicitado.
Assim foi com o posicionamento do Diretório Central dos Estudantes a favor da SiSU (Novo ENEM). Da mesma forma, o posicionamento inicial a favor da reforma administrativa. Não fossem inúmeros centros acadêmicos e estudantes, nunca haveria acontecido assembleias para debate sobre os Centros. O DCE não era a favor inicialmente, não organizou e não respeitou as deliberações da assembleia. Não estamos dizendo que temos de ser contrários a essas pautas: mas é necessário publicizá-las e debatê-las com o conjunto dos estudantes, para, somente então, tomar posição.
Em contraposição a isso, realizamos diversas convenções abertas, no período pré-inscrição da chapa, onde reunimos cores e vozes em torno do que inquieta os estudantes na UFPEL. Inquietam-nos problemas de assistência estudantil, de falta de interação entre os cursos, de falta de democracia nas decisões, de falta de transparência nos gastos, de falta de possibilidade de reação, de falta de autonomia de partidos políticos e entidades externas. De um daltonismo e maniqueísmo exagerados. É necessário reagir – juntos, com TODAS AS CORES.
Estudar em uma universidade pública traz consigo a responsabilidade pelo que está sendo feito, e pelo que estamos fazendo e ajudando a fazer, com o dinheiro de todos os cidadãos do país. Propomos uma reação que não termina neste grupo, que não se pretende a única possível. Nossa intenção é ajudar a unificar anseios, cores e vozes; possibilitar que todos se sintam à vontade, com espaços de integração, de diálogo e de luta por uma UFPEL de tod@s.
Todas as propostas que apresentamos, como mencionado, foram construídas em inúmeras convenções abertas de construção de chapa. Essas convenções continuam acontecendo e continuam abertas. O grito só não basta: é essencial o diálogo, entre todos os estudantes, para que possamos (re)construir o reencantamento com um outro DCE possível, com uma outra UFPEL possível. Participe com a gente! Nos dias 17 e 18 de novembro, vote Chapa 2, vote oposição, vote com TODAS AS CORES.
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