Retirado do Blog Amigos de Pelotas:
www.amigosdepelotas.com/2010/11/brigada-intervem-em-eleicao-do-dce-da.html
A Polícia Federal e a Brigada Militar foram chamadas para controlar a situação, que teria chegado ao ponto da tentativa de apropriação indevida de uma urna, segundo informa o estudante Lawrence Estivalet, da chapa de oposição (Todas as cores). Lawrence foi quem telefonou chamando a Brigada Militar.
"Precisei fazê-lo, depois que alguns integgrantes da chapa atual quiseram tumultuar o processo", explicou, por telefone.
Segundo Lawrence, a confusão começou porque a chapa da situação protestou contra a forma como estavam sendo coletados os votos dos estudantes a distância da UFPel.
Pelo rito eleitoral aprovado, os estudantes a distância não poderiam votar; mesmo assim, eles apareceram na última hora no ICH, querendo votar - e chegaram em dois ônibus.
"Para evitar conflito, a Comissão Eleitoral decidiu aceitar os votos deles, mas em envelopes separados e não na urna, para não contaminá-la", explica Lawrence.
Com isso - continua ele - ganhou-se condições de analisar o que fazer posteriormente com esses votos. Em resumo, decidir se serão validados ou não, como havia sido acertado. Assim, se o voto deles vier a ser considerado inválido, não corre-se o risco de que os votos das urnas do ICH seja todos anulados por contaminação - e são mais de 500 votos nas urnas do ICH", explica Lawrence.
Segundo ele, a chapa da situação do DCE queria que os votos dos alunos a distância fossem depositados nas urnas e não em envelopes, provocando o conflito.
O CONFLITO
A eleição recolhe votos em 31 pontos da UFPel. O pleito, iniciado nesta quarta, termina nesta quinta.
No ICH, havia duas urnas. No final da votação, na noite desta quarta, dois ônibus encostaram em frente do Instituto, trazendo cerca de 50 estudantes da educação a distância, querendo votar. Alunos de municípios como Novo Hamburgo, Sapiranga e Sapucaia. A UFPel possui alunos de educação a distância em cerca de 39 municípios além de Pelotas.
Ocorre que - pelo rito eleitoral previamente definido - eles não poderiam votar.
O representantes da chapa de Oposição (Todas as Cores), ouvido por telefone, estudante Alex Molina, explica porque:
"A decisão de que eles não poderiam votar foi tomada por todos os Conselhos de 55 Centros Acadêmicos. Além disso, foi ratificada pela assembleia geral dos estudantes. Mesmo assim, eles apareceram na última querendo depositar seus votos na urna", disse.
Ainda segundo Molina, os representantes da chapa da situação do DCE (Quem vem com tudo, não cansa) teriam conseguido autorização por escrito do reitor da UFPel, César Borges, para que aqueles estudantes (da educação a distância) tivessem direito a voto.
"Desrespeitou-se uma decisão tirada em assembleia, em que o pessoal do DCE atual, diga-se de passagem, não compareceu".
O veto ao votos dos estudantes a distância ocorreu, segundo Lawrence e Molina, pela falta de tempo hábil no processo para decidir sobre a sua validade ou não. A mecânica de captação desses votos exige uma logística, que os Centros Acadêmicos acharam melhor definir apenas para ser aplicada a partir da eleição de 2011.
Com o princípio de confusão, a Brigada Militar foi chamada. A eleição foi interrompida. A PF acabou sendo convocada também.
Inicialmente, as urnas seriam levadas pela BM e por um servidor da UFPel até o quartel dos Bombeiros. Nesta quinta (18), as 'negociações' sobre o que fazer com os votos dos alunos a distância seriam retomadas.
No começo da madrugada desta quinta (18), porém, decidiu-se que os estudantes a distância poderiam votar (e o estão fazendo neste momento) em envelopes e não nas urnas. A decisão foi tomada em reunião emergencial das chapas de situação, oposição, comissão eleitoral, PF e vice-reitor da UFPel, Manoel Brenner de Moraes.
PROXIMIDADE COM REITOR
A atual gestão do DCE é muito próxima ao reitor César Borges. Esse bom relacionamento é demonstrado publicamente. Um dos membros do DCE, Jonas Rodeguiero, filiado ao PT, por exemplo, viaja com o reitor para participar de eventos no MEC, em Brasília, na presença do ministro da educação.
Nos eventos do DCE, como a semana de recepção aos calouros deste ano, o DCE local recebeu ajuda financeira da reitoria para promover seus eventos. Com essa proximidade, o poder de pressão do DCE sobre a reitoria refluiu.
Na atual gestão, o DCE, ao contrário da gestão anterior, causou poucos 'problemas' ao reitor. O bom relacionamento da reitoria com o DCE, que deveria fiscalizar os atos da reitoria, em defesa dos estudantes, amorteceu o poder de reivindicação da chapa atual.
Politicamente, o DCE anterior à atual gestão era muito influenciado pelo PSol.
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